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quinta-feira, 4 de março de 2010

Manual Projeto Colheita

PLANO DECENAL DE CRESCIMENTO DA UIECB




Projeto Colheita



É com alegria que apresentamos o manual do Projeto Colheita - o Plano de Crescimento Decenal da União

de Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil (UIECB).

Este é um primeiro passo para levarmos ao coração de cada membro, pastor, igreja e associação a visão do

Projeto Colheita e a apresentação da forma como podemos realizá-lo.

Além deste manual estamos disponibilizando DVDs de divulgação, CDs com a música do Projeto Colheita e

camisas para as Associações e Igrejas.

Estamos oferecendo folhetos evangelísticos próprios e apoio ao preparo dos evangelistas, discipuladores e

plantadores de Igrejas através do curso Pescadores de Vidas, do DEM e Plantar e Desenvolver Igrejas, do

Pr David Bezerra.

Promoveremos no ENAMI e no ENOMI momentos para treinamento e esclarecimento de dúvidas quanto

ao desenvolvimento e engajamento no Projeto.

Estamos viabilizando formas de oferecermos o Curso para Plantadores de Igrejas, on line, para atender aos

obreiros que se encontram mais distantes.

Promoveremos encontros regionais para treinamento e avaliação do projeto durante o período de dez anos.

Estamos colocando no ar o site do Projeto que poderá ser acessado de qualquer lugar e oferecerá espaço

para cada Associação e Igreja compartilhar as conquistas durante a década, além de proporcionar apoio

àqueles que estão orando quanto a onde e como investir na plantação de uma nova igreja.

O DERP estará disponibilizando material próprio para treinamento evangelístico e discipulado dos novos.

O DET, através de seus seminários, no Recife e no Rio de Janeiro estão oferecendo cursos para

evangelistas e plantadores de igrejas, com carga horária e custo diferenciados, informe-se.

Esperamos contar com cada pastor e associação no sentido de proclamar

nos púlpitos e promover encontros para despertamento de vocações.



Chegou a nossa hora. Levantemos nossa bandeira e marchemos em direção a

conquista da terra que está diante de nós!


Comissão executiva do Plano Decenal de Crescimento

Projeto Colheita


MANUAL DO PROJETO COLHEITA



Plano Decenal de Crescimento (2008-2018)

UIECB


SUMÁRIO


1. Conceito

2. Objetivo Geral

3. Organograma e responsabilidades

4. Campo de atuação das Igrejas Congregacionais

5. Comissão Executiva

6. Metas Gerais (membro, igreja, associação, confederações, departamentos, UIECB)

7. Cronograma da década de crescimento

8. Ferramentas para as igrejas

a. Intercessão

b. Implantação de igrejas

c. Evangelismo

d. Discipulado

e. Estudos para pequenos grupos

9. A Igreja e Missões - Olhando os campos



1. CONCEITO



O Projeto Colheita é o nome adotado para divulgação e marketing do Plano

Decenal de Crescimento (2008-2018) da União das Igrejas Evangélicas

Congregacionais do Brasil ? UIECB. É um projeto que propõe fortalecer a

unidade para gerar crescimento, entendendo que cada um tem participação

ativa neste processo de multiplicação de igrejas.



O acróstico que segue ajuda a entender a visão, as estratégias e a meta

para a realização do Projeto Colheita.


C OMPROMETER-SE COM A VISÃO DENOMINACIONAL DE CRESCIMENTO

O RAR PELO PROJETO E PELA SALVAÇÃO DAS ALMAS

L EVANTAR OS RECURSOS NECESSÁRIOS À EXECUÇÃO

H ABILITAR OS CRENTES PARA EVANGELIZAÇÃO E DISCIPULADO

E XECUTAR AS METAS PROPOSTAS NOS FÓRUNS

I NVESTIR NO DISCIPULADO DOS NOVOS CONVERTIDOS

T RABALHAR UNIDOS POR UM FIM COMUM

A LARGAR AS TENDAS, TRIPLICAR ATÉ 2018



Logomarca: Explicação



Trabalhamos com a idéia de uma árvore, onde os homens, representando os

evangelistas e discipuladores vão se multiplicando sempre de dois em

dois para fixar a meta de triplicar até 2018. As cabeças representam os

frutos colhidos no desenvolvimento do projeto.



Música * Banda Talentos * IE Pernambucana



GRANDE COLHEITA

Levantar bem cedo, madrugada

Escolher sementes e a terra preparar

Contemplar os campos no horizonte

E sair feliz pra semear

Não pensar no vento ou nas nuvens

Pois é o nosso Deus quem tudo faz

E quanto às sementes que lançamos

Não repouse, plante sem parar

Campos brandos, frutos maduros

Vidas sedentas sem salvação

Nós faremos grande colheita

E cumpriremos nossa missão



2. OBJETIVO GERAL



Pregar o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo (Mc 16.15) mostrando ao

mundo que a salvação está somente nEle (At 4.12). Promover uma semeadura

eficaz da Palavra de Deus para colhermos com abundância.

Mobilizar cada crente, igreja, associação, confederação e todos os

departamentos da UIECB para a implantação de mais de 700 novas igrejas

congregacionais no período de 10 anos, 2008 a 2018.


3. ORGANOGRAMA E RESPONSABILIDADES


Responsabilidades:


* UIECB
Proporcionar unidade e cooperação entre as igrejas da união facilitando

o trabalho missionário e de implantação de igrejas. É responsabilidade

também da UIECB cuidar das igrejas, fortalecendo aquelas que se

encontram mais enfraquecidas e propor expansão missionária às associações.


* DEM


Coordenar a obra missionária congregacional e com isso coordenar também

o Projeto Colheita. Sua responsabilidade vai desde ser um facilitador

junto às igrejas a agir como uma agência missionária, auxiliando no

envio de missionários no Brasil ou transcultural.


* COMISSÃO EXECUTIVA


A comissão executiva, coordenada pelo DEM, tem como principal

responsabilidade promover o Projeto Colheita junto a cada associação e

igreja da UIECB. É função da comissão, elaborar meios, materiais e

instrumentos para que o Projeto Colheita seja bem entendido e

desenvolvido nas igrejas da união.


* ASSOCIAÇÕES


Cabe às Associações apoiarem e motivarem as igrejas da sua região a

implantarem novas igrejas. Deverá proporcionar recursos, projetos

evangelísticos como pequenos Projetos Nilson Braga, ou Braguinha como

nós o temos chamado, e outros afim de ampliarem os territórios

alcançados pela associação. A Associação também poderá investir na

abertura de novas igrejas em outras áreas ou regiões, conforme a oportunidade.

* CONFEDERAÇÕES


As Confederações deverão envolver os seus grupos no Projeto Colheita.

Deverão se esforçar por incentivar o treinamento, capacitação e execução

de projetos evangelísticos por ocasião de encontros regionais,

congressos nacionais e outros que tiverem oportunidade. É bom lembramos

que as confederações, que envolvem homens, mulheres, jovens e

adolescentes, representam a força motriz das igrejas. É através destes

grupos de pessoas que faremos com que as nossas igrejas cresçam e gerem

outras igrejas. Portanto, é importante mostrar o papel preponderante de

cada um nesta grande colheita.


* DEPARTAMENTOS


Os Departamentos da UIECB, DEM, DET, DERP e DAM, são os canais pelos

quais a Junta Geral trabalha. Cada um no desenvolvimento de seus papéis,

devem se empenhar para proporcionar todos os recursos humanos, práticos

e financeiros a fim de se alcançarem as metas propostas. O envolvimento

dos diretores, conselheiros e os demais integrantes nos departamentos

deverá fazer com que o trabalho da Junta Geral no desenvolvimento e

execução do Projeto Colheita tenha ótimos resultados.


4. CAMPO DE ATUAÇÃO DAS IGREJAS CONGREGACIONAIS


As igrejas deverão investir na abertura de novas congregações em regiões

de preferência ainda sem um alcance efetivo do evangelho. Não desejamos

abrir igrejas simplesmente para cumprir uma meta. Nosso objetivo

principal é conquistarmos vidas para o reino do nosso Senhor Jesus

Cristo. Assim, devemos dar preferência às regiões onde há pouco avanço

do evangelho, mesmo por outras denominações. Mas isto não limita a

esfera de ação da igreja. Ela poderá abrir congregações/igrejas em

outros bairros, cidades, estados e países, onde houver oportunidade.


5. COMISSÃO EXECUTIVA


A coordenação geral do Plano Decenal de Crescimento, chamado Projeto

Colheita, foi delegada pelos Fóruns e homologado pela Junta Geral em

Setembro de 2008 e confirmado pela Assembléia Geral de Fevereiro de 2009

ao DEM - Departamento de Evangelização e Missões.

O mesmo entendendo a grandiosidade do Projeto resolveu nomear uma

comissão executiva para gerenciar e acompanhar o Projeto, que ficou assim definida:


Coordenador Geral: Mis. Mirtes Elaine - Vice-Presidente do DEM

Membros da comissão:

* Pr. Adélio Junior - Região do sul da Bahia

* Pr. Altemar .... - Região do norte da Bahia

* Pr. Hilário Bispo - Região centro-oeste do país

* Pr. José Milton - Região norte de Minas Gerais

* Pr. Daysiel Lima - Região norte do Rio de Janeiro

* Pr. Marcos Baião - Região sul do país

* Pr. Aristóteles - Região Norte do país

* Pr. Alexandro Cruz - Região nordeste do país


Ainda fazem parte:

* Secretário Geral da UIECB

* Os presidentes de cada departamento (DEM, DERP, DET, DAM)

* Os presidentes ou seus representantes de cada confederação.

* Cada associação será representada no Projeto na pessoa do seu secretário de missões


Essa comissão tem por finalidade maior promover o Projeto Colheita junto

às igrejas e associações, de sorte que todos venham a se engajar nesta

grande cruzada evangelística.


6. METAS GERAIS


* CADA CRENTE CONGREGACIONAL DEVERÁ GANHAR E DISCIPULAR MAIS DUAS

PESSOAS PARA JESUS NOS PRÓXIMOS DEZ ANOS.



* CADA IGREJA CONGREGACIONAL DEVERÁ ABRIR E/OU EMANCIPAR DUAS

CONGREGAÇÕES NOS PRÓXIMOS DEZ ANOS.



* CADA ASSOCIAÇÃO CONGREGACIONAL DEVERÁ AJUDAR A IMPLANTAR DUAS

NOVAS IGREJAS NA SUA REGIÃO OU EM OUTRA, NOS PRÓXIMOS DEZ ANOS.


* AS CONFEDERAÇÕES (COUAF, CONFEUHEC, COMEC, COUAC) DEVERÃO TRABALHAR

PARA ENVOLVER O SEU PESSOAL NA DIVULGAÇÃO E TREINAMENTO PARA

ALCANÇARMOS AS METAS, NOS PRÓXIMOS DEZ ANOS.


* O DEM DEVERÁ TRABALHAR PARA EMANCIPAR OS ATUAIS 44 CAMPOS

MISSIONÁRIOS E IMPLANTAR NOVOS CAMPOS, NOS PRÓXIMOS DEZ ANOS.


* O DET DEVERÁ FAZER UM FORTE TRABALHO DE DESPERTAMENTO DE VOCAÇÕES E

CRIAR MEIOS ATRAVÉS DOS SEMINÁRIOS PARA FORMARMOS MAIS DE 700 PASTORES,

NOS PRÓXIMOS DEZ ANOS.


* O DERP DEVERÁ OFERECER MATERIAL EVANGELÍSITICO E DE QUALIDADE PARA O

TREINAMENTO DOS MEMBROS CONGREGACIONAIS, NOS PRÓXIMOS DEZ ANOS.


* O DAM DEVERÁ CRIAR UMA REDE DE ACOMPANHAMENTO AOS PASTORES E

PROMOVER CUIDADOS PASTORAIS, VISANDO A UNIDADE E O FORTALECIMENTO

DENOMINACIONAL NOS PRÓXIMOS DEZ ANOS.


* A JUNTA GERAL DEVERÁ PROPORCIONAR A UNIDADE ENTRE AS IGREJAS E ENVIDAR

MÁXIMOS ESFORÇOS PARA QUE O PROJETO COLHEITA SEJA BEM SUCEDIDO NO

DECORRER DOS 10 ANOS.



7. CRONOGRAMA DA DÉCADA DE CRESCIMENTO


ATIVIDADE 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Elaboração do Plano

Lançamento Oficial do Plano

Recebimento do Kit Colheita

Engajamento das igrejas

Confecção de material evangelístico

Abertura de congregações 30 40 60 80 100 100 100 100 120

Emancipação de congregações 30 40 60 80 100 100 100 100 120

Emancipação dos campos mis.

Avaliação de progresso do Plano * * * * *

Inauguração da milésima igreja



8. FERRAMENTAS PARA AS IGREJAS


A. A ORAÇÃO E A PLANTAÇÃO DE IGREJAS

A oração é a chave para o sucesso do Projeto Colheita. Sem orar jamais

alcançaremos nossos objetivos.

Queremos desafiar cada crente congregacional e cada igreja a se engajar

na vigília de oração permanente para estes 10 anos de projeto. Pode

parecer um alvo inatingível, mas não é. Quando consideramos o movimento

Morávio que criou uma vigília de oração permanente que durou cem anos,

dez fica um alvo pequeno.

Quando compartilhamos os alvos do projeto colheita muitos têm sido

tomados de incredulidade e Creio que o que falta para que nos

posicionemos com fidelidade para alcançar este alvo é a conscientização

da necessidade, do poder e da urgência da oração.

Não queremos apenas 1000 igrejas Congregacionais no Brasil, queremos

1000 igrejas fortes, fiéis e frutíferas. Igrejas comprometidas com Deus,

com as vidas e com a UIECB. Queremos que chegue a nós um avivamento

genuíno a semelhança dos avivamentos históricos.

Como poderemos cooperar para que esta vigília aconteça?


1. Sendo um intercessor e cadastrando-me em dia e horário de minha

escolha na rede nacional de intercessores

2. Utilizando-me do relógio de oração para doar uma hora do meu dia em

intercessão pela denominaçãoe pelo projeto

3. Acompanhando e divulgando os calendários de oração que serão

publicados no site, no jornal O Cristão e em outros meios de comunicação da UIECB

4. Criando reuniões periódicas para orar em grupo

5. Unindo-me a um ou mais crentes para oração em duplas ou trios, com

encontros semanais pré agendados

Segue abaixo uma reflexão sobre o que acontece quando oramos que poderá

desafiar-nos à esta vigília de oração permanente até 2018, encerrando no

culto de inauguração da milésima igreja! Em nome de Jesus.


O QUE ACONTECE QUANDO ORAMOS


1. A IGREJA DESTITUÍDA DE SEUS VALORES PASSA POR UMA REFORMA

* Martinho Lutero era um homem de oração... dizia que se não passasse

duas horas de manhã orando, recearia que satanás ganhasse a vitória

sobre ele durante o restante do dia.

* O tempo que ele passa em oração produz o tempo para tudo o que faz.

2. OS CRENTES DSTITUÍDOS DE PODER SÃO CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO

* Movimento Morávio de oração: ?alguns irmãos sentiram a necessidade de separar algumas horas diárias

de oração, e não tardou em vir sobre eles um derramar do Espírito Santo.

* Em 13 de agosto de 1727, teve início um vigília de oração que

continuou noite e dia, sete dias da semana, sem qualquer interrupção,

por mais de cem anos. Foram tempos de avivamento e de Missões...

3. O MUNDO DESTITUÍDO DO EVANGELHO É ALCANÇADO

* David Brainerd, entre outros estudantes, se entregou para levar o

evangelho aos índios americanos - Era um jovem com apenas 25 anos,

sozinho, mas lutando intensamente em oração para não confiar em si mesmo

quanto a extensão do reino de deus entre os índios... estabeleceu uma

igreja entre os índios de Nova Jersey e os convertidos chegaram a mais

de 150 em um ano...

* William Carey e a nova era das missões Modernas - Numa cidade do

interior da Inglaterra o Espírito Santo estava trabalhando na vida deste

jovem pobre e simples. Tudo começou com um chamado a oração... fez de

seu ambiente de trabalho um lugar de intercessão. Enquanto consertava

sapatos tinha diante de si um Mapa Mundi, por meio do qual o Senhor das

Nações foi colocando compaixão pelos povos pagãos em seu coração, e

assim e ele foi despertando para evangelizar os perdidos... É

considerado pai das Missões Modernas

* Fruto do movimento moraviano surge o grande século missionário que

compreende os anos de 1792 a 1914... Nomes destacados neste período:

Henrique Martin - Missionário na Índia, John Hyde - O homem que orava...

inúmeras vezes, na sala de oração, Hyde expressava o seu clamor e choro

pelo mundo perdido...clamava: Pai, dá-me as almas ou morrerei!...

anunciou o evangelho aos indianos e ganhou cem mil almas para Cristo.

* John Wesley e George Whitefield - promoveram um reavivamento moral e

espiritual na Inglaterra e Escócia, chegando até aos Estados Unidos...

* Charles Finey (1792-1875) e Moody (1837-1899) - promoveram grandes

avivamentos nos Estados Unidos.

CONCLUSÃO

Se quisermos resgatar nossa historia devemos começar pela oração. Se

quisermos crescer devemos clamar a Deus que nos abençoe para este fim,

se queremos a unidade temos que ir ao trono da graça e pedir

quebrantamento e perdão para nossos líderes e membros. Tudo começa e

termina na oração!

Deus sabe exatamente o que fazer para transformar e avivar nossa União de Igrejas.

Que Deus nos abençoe!



B. IMPLANTAÇÃO DE IGREJAS

Este texto foi retirado do manual Plantando e Desenvolvendo Igrejas, do

Pr David Bezerra, da IEC de Natal, RN.


I. PLANTANDO IGREJAS
Que é o desejo de Deus o crescimento da igreja, e que isso está

acontecendo e continuará a acontecer antes que venha o fim, é uma

verdade bíblica (Mt. 24.14). A outra verdade é que por razões que

ninguém pode explicar com clarividência, esta responsabilidade foi

entregue aos crentes através da pregação do Evangelho, tarefa que os

anjos desejavam (I Pd 1.12)

Outra verdade é que a tarefa evangelística dos crentes, tem sido muito

eficaz através de plantação de igrejas a partir da Igreja primitiva,

onde os cristão se reuniam e se organizavam como congregações. Eles não

possuíam templos, por isso reuniam-se em casas de famílias. O segredo

estava em formar as congregações, o edifício era secundário, e isso foi

até o terceiro século, onde Constantino, por pedido da mãe, construiu o

primeiro templo.


Motivos para se plantar igrejas.


É bíblico. ( Mt. 28.19). Nada mais bíblico que plantar igrejas; é uma

ordem de Cristo a sua própria igreja, no desejo amoroso de que todos

aprendam sobre Ele, e se posicione diante da sua Palavra. Plantar

igrejas é a maneira Neo-Testamentária de expansão do evangelho. Se

traçarmos a expansão da Igreja por Jerusalém, Judéia, Samaria e até os

confins da terra, verificaremos que os plantadores de igrejas abriram o caminho.



Os apóstolos fizeram. No livro de Atos, encontramos os apóstolos

fundando igrejas, especialmente o apóstolo Paulo. (At. 14.1-4; 16.1-5;

17.10-12; 18.8-11 etc.)

Em pouco mais de dez anos Paulo plantou igrejas em quatro

províncias do Império: Galácia, a Macedônia, a Acaia e a Ásia.



É um dever da Igreja. A igreja verdadeira é a atual manifestação do

reino de Deus. Ela é simultaneamente a comunidade que redime e os

redimidos pela comunidade. A igreja é a representante de Deus na terra;

é o corpo de Cristo, o meio através do qual Ele se expressa ao mundo. É

o único órgão de redenção que Deus tem no mundo. É através da igreja que

os homens escutam a proclamação da mensagem de Cristo, anunciando que

se arrependam de seus pecados e creiam em Cristo como único Salvador.

(Ef. 3.8-11; I Pd 1:12).



1.4. É uma necessidade hoje. Muitas missões, que inicialmente

não tinham intenção de fundar igrejas, tiveram que fazê-lo devido à

necessidade de oferecer assistências aos novos decididos, em

territórios onde era raro uma igreja cristã. Assim é que procede o

ministério chamado Cruzada Em Cada Lar, Jovens Com Uma Missão (JOCUM)

que hoje plantam em média, uma igreja, dia sim outro não; o Movimento

Estudantil e Profissional Para Cristo, é outro exemplo, plantar igrejas

não constava de seu plano original. Mas, o quadro se tornou complexo

quando desenvolveram o programa do filme Jesus, visto que muitas eram

as decisões, que não tinha outra solução a não ser plantar igrejas.

Outro exemplo é o Betel Brasileiro, que a princípio não planejava

plantar igrejas, porém na medida que os seminaristas ficavam sem apoio

dos líderes, no sentido de treinamento, os próprios seminaristas foram

treinados a fundarem igrejas, e hoje o Betel é uma denominação forte na

capital, e no interior do estado.



2. Vantagens de Igrejas que plantam Igrejas



2.1. Desenvolvem-se mais rápido, e garantem a sobrevivência

denominacional. Nos Estados Unidos algumas denominações têm diminuído,

enquanto outras têm crescido vigorosamente, dentro do mesmo período de

tempo. Sem exceção, as denominações que crescem têm sido aquelas que

enfatizam a plantação de igrejas. Às denominações que estão em declínio,

o remédio é plantar igrejas, se pretendem vida no futuro.



2.2. Formam Líderes. Na proporção que uma igreja planta igrejas, novos

indivíduos se destacam como bons líderes, o que em muitas igrejas que

estacionaram não é possível, visto não oferecer oportunidades para o

trabalho ministerial. Contudo, as igrejas novas abrem as portas de

liderança e desafios ministeriais, conseqüentemente beneficiando todo o

Corpo de Cristo.


2.3. Motivam igrejas já existentes. Estudos têm confirmado que uma

nova igreja na comunidade, tende a levantar o interesse religioso das

pessoas em geral e, se lidado adequadamente, pode ser um benefício para

as igrejas existentes.


II AS ADVERSIDADES A SEREM SUPERADAS.


1. As falácias sobre plantação e desenvolvimento de Igrejas:


1.1. Deus não se importa com números. Muitas pessoas inclusive líderes

das igrejas que estacionaram, estão apelando para uma declaração obtusa:

Deus não gosta de números! E assim nasce um pressuposto: ?Deus quer

saber de qualidade e não quantidade. Mas isto é absolutamente irreal e fantasioso.

Textos bíblicos nos asseguram que Deus aprecia tanto a qualidade como a

quantidade. E a multidão dos que criam no Senhor, tanto homens como

mulheres, crescia cada vez mais - Atos 5.13.

Ora naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma

murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram

desprezadas no ministério cotidiano. - Atos 6.1.

De sorte que as igrejas eram confirmadas na fé, e cada dia cresciam em

número - Atos 16.5.


1.2. Existe um segredo para a plantação e desenvolvimento da Igreja.

Esta afirmação simplista não procede, basta olhar a história das

denominações no Brasil. A Congregacional, plantou e cresceu através da

EBD. Outras através de estudos bíblicos nos lares. As igrejas

pentecostais desenvolveram-se através de seus pregadores eloqüentes, e

sua liturgia aberta, participativa. Assim não existe um caminho, um

segredo, porém, às vezes, trata-se de um trabalho sofrido e de muitas

frustrações pelo caminho. O apóstolo Paulo muitas vezes teve que

abandonar determinados lugares para preservar a vida.



1.3. Só deve existir uma igreja. O próprio Novo Testamento relata a

existência de igrejas, e como eram confirmadas na fé (At. 16.5)



1.4. Já existem igrejas demais. Esta afirmação é de quem não conhece

bem a história da igreja contemporânea, já que mesmo em nosso país

existem muitos lugares onde há apenas duas igrejas para uma comunidade

de trinta, quarenta mil habitantes. Seria maravilhoso se em toda esquina

tivesse uma igreja genuinamente evangélica, em vez de um botequim.


2. Objeções pragmáticas.


2.1 Receio de perder membros. Muitos líderes têm medo de esvaziar suas

igrejas, se enviar alguns de seus membros para fundar outra igreja. A

igreja de Antioquia não teve receio de mandar seus melhores membros ao

campo missionário, e não consta na Bíblia que a igreja sofreu

esvaziamento por causa desse nobre e bíblico ato. Existe uma promessa

nas Escrituras, em Lc 6.38, que podemos prescrever aqui:  Daí, e

dar-se-vos-á; boa medida recalcada, sacudida, trasbordante,

generosamente vos darão. Geralmente se usa este versículo referente a

dar dinheiro, mas Peter Wagner acredita que ele também se aplica ao

desejo da igreja de dar alguns de seus membros para o avanço do reino de Deus.


2.2. O custo financeiro. É impressionante como muitas vezes muitas

igrejas gastam com reformas, terrenos, outras têm até dinheiro na

poupança, mas quando se fala em investir em vidas, em almas, surgem as

mais diversas dificuldades. Certo missionário do passado disse: "A Obra

de Deus feita da maneira dEle, não falta nada". Existe, porventura,

algum investimento tão louvável, quanto a de se investir no Reino de Deus.


3. Objeções Éticas


3.1. Igrejas já existentes. Contestações eticamente orientadas à

plantação de novas igrejas, geralmente enfatizam:

a) O problema da igreja que chega. Muitos obreiros por falta de

sabedoria fazem proselitismo, e assim criam um grande problema com a igreja já estabelecida.

b) O problema da igreja já estabelecida. Temeroso de perder seus

membros, o obreiro já estabelecido fica enciumado e temeroso em perder

os membros de sua igreja para a recém-chegada, e assim trava uma guerra

a ponto de até ameaçar seus membros de exclusão, censura a nova igreja etc.

Obs. Ao chegar à comunidade onde se pretende plantar uma igreja, o

obreiro não tem por obrigação conformar-se como os protocolos e regras

locais, ou filosofia de trabalho de líderes já existentes, mas também

não deve isolar-se da liderança local, nem tão pouco desrespeitá-las


3.1. Três aspectos a serem observados na plantação de igrejas.

a) Primeiro: O amor cristão. Na verdade, o amor cristão nos ordena

ajudar outras igrejas, não feri-las. Deus é tremendamente grande para

fazer prosperar o trabalho de todas as igrejas que velam por pregar sua Palavra.

b) Segundo: A unidade. A doutrina da unidade cristã afirma que

devemos nos unir ao invés de proliferar e confundir o público com tantas

formas diferentes, e muitas vezes, competitivas de cristianismo.

c) Terceiro: O Reino antes da denominação. A consciência de trabalhar

para a expansão do Reino de Deus, ajudará a colocar a denominação em seu

devido lugar. O Reino de Deus cresce, quando há conversões, batismos,

não cresce quando algum membro de outra denominação resolve congregar em

outra denominação.


C. EVANGELISMO

Texto Pr. Osvaldo Lopes



D. DISCIPULADO

Introdução


"Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Mc 16.15)


A responsabilidade de pregar o evangelho pesa em nossos corações.

Devemos perguntar, também, o que fazer depois de pregar e levar alguém à salvação?

Waylon B. Moore, em seu livro - Multiplicando discípulos - cita uma frase

de Billy Grahan que diz: "a decisão é cinco por cento, o seguimento a

esta decisão é noventa e cinco por cento". O que isto significa? Que

tomar uma decisão por Jesus Cristo é o pequeno começo para aquele que

deseja realmente segui-lo.

Para seguir a Cristo o novo convertido enfrenta situações diversas e

difíceis. Sem o acompanhamento de um cristão maduro poderá ser muito

mais difícil ele permanecer firme em sua nova fé. É aqui que entra o discipulado.

Devemos entender que o Projeto Colheita envolve evangelização e

discipulado. Podemos realizar Conferências Evangelísticas, Cruzadas,

Cultos ao Ar-livre, Evangelização de Casa em casa, Distribuição de

folhetos, mas depois das decisões é necessário que haja um grupo

preparado para visitação e acompanhamento do novo convertido,

ensinando-lhe a Palavra e caminhando com ele até que ele possa fazê-lo sozinho.


1. Definindo o discipulado

Apresentaremos a seguir a definição de três termos: Discípulo,

Discipulado e Discipulador, conforme encontra-se no livros - As bases na

formação de discipuladores - Manual do Discipulador - de David Kornfield, Editora Sepal.


a) Discipulo: É uma pessoa cujo compromisso principal na vida é seguir a

seu mestre, desenvolver-se para ser como seu mestre e fazer a vontade de seu mestre.

b) Discipulado: É uma relação comprometida e pessoal onde um discípulo

mais maduro, ajuda outros discípulos de Jesus Cristo a aproximarem-se

mais dele, e assim reproduzirem.

c) Discipulador: É um guia ou mentor espiritual comprometido

pessoalmente com o desenvolvimento integral dos discípulos.

O papel dos discipulador é ajudar o novo crente a crescer em:

* Sua identidade cristã: quem sou eu agora que aceitei a Cristo.

* Seu caráter cristão: Como devo comportar-me? O que deve ser mudado em mim?

* Sua capacidade ministerial: Cada crente recebe dons, possui talentos e

deve ser frutífero em sua fé.


2. Desafios do Discipulado

Se o discipulado é a chave para uma vida cristã madura, por que poucos

crentes se dispõem a discipular outros?

Muitos de nós não passamos pelo discipulado quando recebemos a Jesus,

assim temos mais dificuldade de compreender que ele é necessário. Aquele

que teve um mentor ou referencial na fé tem muito mais facilidade de

compreender isto. Não raras vezes ouvimos que se alguém se converteu de

verdade ficará firme. Isto não é de todo verdade. Muitos recebem a

semente da Palavra com convicção, mas são sufocados em meio as lutas e

obstáculos que surgem. Assim o discipulado torna-se um grande aliado na

conservação dos frutos.

Poucos anos atrás era mais fácil alguém crescer na fé sem este

acompanhamento. Hoje ser crente é muito comum. A fé está rasa e o

testemunho da igreja maculado. Cada dia torna-se mais necessário

orientarmos o novo convertido para que ele crie hábitos cristãos

saudáveis logo no princípio de sua caminhada.

Vamos tentar responder a três perguntas básicas sobre esta questão:


a) Por que Discipular?

A grande Comissão em Mateus 28:18-20, traz um grande imperativo para a

igreja: - fazei discípulos -. Aqui está o coração do comissionamento. Esta

é a máxima da grande comissão. A isto devemos obedecer.

Além desta ordem explícita de Jesus devemos atentar para os exemplos de

discipulado e seus resultados conforme encontramos na Palavra:

* Jesus Discipulou 12 homens - Ele separou um grupo de homens, dentre os

seus seguidores, os treinou e ensinou de forma especial, ensinou-lhes

sobre o Reino e sobre si mesmo e depois os enviou para o ministério

(Mc 3:13; Mt 16:13-20; Jo 14:15,16, Mt 10:1 ss)

* Paulo foi discipulado por Barnabé e tornou-se no maior missionário da

igreja primitiva (Atos 9:26-30, 13:1-3)

* Ele mesmo discipulou a outros que encaminhou a ministérios e igrejas

como líderes (Cl 1:28; At 14:21,22)

* Paulo ordena o discipulado a Timóteo como modelo que devemos seguir

também (2Tm 2:2). Este é o processo da multiplicação espiritual.

Quando falamos de cada congregacional ganhar e discipular mais dois em

10 anos estamos falando deste processo que envolve ganhar, discipular,

batizar e enviar (fazer multiplicar-se). Podemos fazer isto com muito

mais que dois, mas se fizermos fielmente com dois estes se multiplicarão

em mais dois cada um e assim sucessivamente, até que em dez anos

poderemos contar com mais de 1000 discípulos só a partir de nós. Isto é multiplicação.


b) Quem pode Discipular?

Todo crente maduro e comprometido com Cristo pode discipular. A grande

comissão é para todos. O que se exige do discipulador é que seja

comprometido com o estudo da Palavra; que tenha em seu coração amor

pelos perdidos; que seja reconhecido na igreja, na família e na

sociedade como um crente de testemunho fiel e que seja cumpridor de seus

compromissos, o que chega a ser redundância, mas assim se faz necessário

para que se firme que a idéia de que começando o acompanhamento de um

novo crente esta tarefa deve ser concretizada, jamais abandonada no meio do caminho.


c) Como Discipular?


Discipulado é relacionamento, assim é primordial darmos o exemplo para

os novos seguirem. Devemos andar juntos e deixar-se ver como referencial

é a chave para o sucesso do discipulado.

Aliado ao relacionamento e testemunho devemos prover apoio sistemático

da seguinte maneira:

* Por meio do ensino invdividual ou em grupos que pode ocorrer nos

lares, igreja ou locais previamente agendados

* Utilizando material didático previamente escolhido

* Acompanhando o seu crescimento e registrando sua evolução

* Trazendo os discípulos para dentro do nosso círculo de relacionamentos

* Ouvindo, aconselhando e orando com e por eles

* Preparando-os para o serviço cristão da seguinte forma: Fazendo para

que eles nos observem primeiramente, em segundo lugar fazendo junto com

eles, depois observando-os fazer sozinhos e emancipando-os no final.


d) Como Criar um ministério de discipulado na igreja?


* Inicie orando para que Deus envie as pessoas

* Reúna-se com os voluntários e ministre este estudo sobre discipulado,

apresente o material didático que pretende usar e desafie pessoalmente a cada um.

* Marque um dia para que possa estudar as lições junto com sua equipe

antes de iniciar o estudos com os novos para que todas as dúvidas sejam

tiradas e todos falem a mesma linguagem. (Não é necessário encerrar

todas as lições para depois começar o acompanhamento dos novos, as duas

coisas podem acontecer ao mesmo tempo)


Prepare um material de controle e apoio contendo ficha de decisão que

deverá ser preenchida no ato da decisão, a qual a equipe de discipulado

deverá ter sempre à mão para os cultos e eventos da igreja, uma carta

de boas vindas contendo as programações semanais da igreja e oferecendo

oração, conversa para tirar dúvidas e um estudo bíblico sistemático

ministrado por um membro da igreja, ficha de acompanhamento que deverá

conter informações sobre o indivíduo, sobre as visitas feitas e sobre os

estudos ministrados.

Texto Mis. Mirtes

E. ESTUDOS PARA PEQUENOS GRUPOS

Entendemos que para proporcionar um crescimento sadio e sustentável é

imprescindível o ensino da Palavra de Deus. Sem ela, nunca conseguiremos

alcançar as nossas metas. O estudo bíblico através de pequenos grupos,

ou reuniões caseiras, sempre foi utilizado na igreja, desde a sua

origem, quando ainda não existiam templos públicos para reuniões, e as

mesmas aconteciam nos lares dos irmãos. Esse tipo de reunião se

caracteriza pela sua alta eficácia, uma vez que não apenas proporciona o

ensino da Palavra de Deus, mas traz após si a marca da comunhão e

integração entre os irmãos da mesma congregação. Mais adiante, o DERP

irá disponibilizar material próprio para pequenos grupos, ou grupos caseiros.

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