PLANO DECENAL DE CRESCIMENTO DA UIECB
Projeto Colheita
É com alegria que apresentamos o manual do Projeto Colheita - o Plano de Crescimento Decenal da União
de Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil (UIECB).
Este é um primeiro passo para levarmos ao coração de cada membro, pastor, igreja e associação a visão do
Projeto Colheita e a apresentação da forma como podemos realizá-lo.
Além deste manual estamos disponibilizando DVDs de divulgação, CDs com a música do Projeto Colheita e
camisas para as Associações e Igrejas.
Estamos oferecendo folhetos evangelísticos próprios e apoio ao preparo dos evangelistas, discipuladores e
plantadores de Igrejas através do curso Pescadores de Vidas, do DEM e Plantar e Desenvolver Igrejas, do
Pr David Bezerra.
Promoveremos no ENAMI e no ENOMI momentos para treinamento e esclarecimento de dúvidas quanto
ao desenvolvimento e engajamento no Projeto.
Estamos viabilizando formas de oferecermos o Curso para Plantadores de Igrejas, on line, para atender aos
obreiros que se encontram mais distantes.
Promoveremos encontros regionais para treinamento e avaliação do projeto durante o período de dez anos.
Estamos colocando no ar o site do Projeto que poderá ser acessado de qualquer lugar e oferecerá espaço
para cada Associação e Igreja compartilhar as conquistas durante a década, além de proporcionar apoio
àqueles que estão orando quanto a onde e como investir na plantação de uma nova igreja.
O DERP estará disponibilizando material próprio para treinamento evangelístico e discipulado dos novos.
O DET, através de seus seminários, no Recife e no Rio de Janeiro estão oferecendo cursos para
evangelistas e plantadores de igrejas, com carga horária e custo diferenciados, informe-se.
Esperamos contar com cada pastor e associação no sentido de proclamar
nos púlpitos e promover encontros para despertamento de vocações.
Chegou a nossa hora. Levantemos nossa bandeira e marchemos em direção a
conquista da terra que está diante de nós!
Comissão executiva do Plano Decenal de Crescimento
Projeto Colheita
MANUAL DO PROJETO COLHEITA
Plano Decenal de Crescimento (2008-2018)
UIECB
SUMÁRIO
1. Conceito
2. Objetivo Geral
3. Organograma e responsabilidades
4. Campo de atuação das Igrejas Congregacionais
5. Comissão Executiva
6. Metas Gerais (membro, igreja, associação, confederações, departamentos, UIECB)
7. Cronograma da década de crescimento
8. Ferramentas para as igrejas
a. Intercessão
b. Implantação de igrejas
c. Evangelismo
d. Discipulado
e. Estudos para pequenos grupos
9. A Igreja e Missões - Olhando os campos
1. CONCEITO
O Projeto Colheita é o nome adotado para divulgação e marketing do Plano
Decenal de Crescimento (2008-2018) da União das Igrejas Evangélicas
Congregacionais do Brasil ? UIECB. É um projeto que propõe fortalecer a
unidade para gerar crescimento, entendendo que cada um tem participação
ativa neste processo de multiplicação de igrejas.
O acróstico que segue ajuda a entender a visão, as estratégias e a meta
para a realização do Projeto Colheita.
C OMPROMETER-SE COM A VISÃO DENOMINACIONAL DE CRESCIMENTO
O RAR PELO PROJETO E PELA SALVAÇÃO DAS ALMAS
L EVANTAR OS RECURSOS NECESSÁRIOS À EXECUÇÃO
H ABILITAR OS CRENTES PARA EVANGELIZAÇÃO E DISCIPULADO
E XECUTAR AS METAS PROPOSTAS NOS FÓRUNS
I NVESTIR NO DISCIPULADO DOS NOVOS CONVERTIDOS
T RABALHAR UNIDOS POR UM FIM COMUM
A LARGAR AS TENDAS, TRIPLICAR ATÉ 2018
Logomarca: Explicação
Trabalhamos com a idéia de uma árvore, onde os homens, representando os
evangelistas e discipuladores vão se multiplicando sempre de dois em
dois para fixar a meta de triplicar até 2018. As cabeças representam os
frutos colhidos no desenvolvimento do projeto.
Música * Banda Talentos * IE Pernambucana
GRANDE COLHEITA
Levantar bem cedo, madrugada
Escolher sementes e a terra preparar
Contemplar os campos no horizonte
E sair feliz pra semear
Não pensar no vento ou nas nuvens
Pois é o nosso Deus quem tudo faz
E quanto às sementes que lançamos
Não repouse, plante sem parar
Campos brandos, frutos maduros
Vidas sedentas sem salvação
Nós faremos grande colheita
E cumpriremos nossa missão
2. OBJETIVO GERAL
Pregar o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo (Mc 16.15) mostrando ao
mundo que a salvação está somente nEle (At 4.12). Promover uma semeadura
eficaz da Palavra de Deus para colhermos com abundância.
Mobilizar cada crente, igreja, associação, confederação e todos os
departamentos da UIECB para a implantação de mais de 700 novas igrejas
congregacionais no período de 10 anos, 2008 a 2018.
3. ORGANOGRAMA E RESPONSABILIDADES
Responsabilidades:
* UIECB
Proporcionar unidade e cooperação entre as igrejas da união facilitando
o trabalho missionário e de implantação de igrejas. É responsabilidade
também da UIECB cuidar das igrejas, fortalecendo aquelas que se
encontram mais enfraquecidas e propor expansão missionária às associações.
* DEM
Coordenar a obra missionária congregacional e com isso coordenar também
o Projeto Colheita. Sua responsabilidade vai desde ser um facilitador
junto às igrejas a agir como uma agência missionária, auxiliando no
envio de missionários no Brasil ou transcultural.
* COMISSÃO EXECUTIVA
A comissão executiva, coordenada pelo DEM, tem como principal
responsabilidade promover o Projeto Colheita junto a cada associação e
igreja da UIECB. É função da comissão, elaborar meios, materiais e
instrumentos para que o Projeto Colheita seja bem entendido e
desenvolvido nas igrejas da união.
* ASSOCIAÇÕES
Cabe às Associações apoiarem e motivarem as igrejas da sua região a
implantarem novas igrejas. Deverá proporcionar recursos, projetos
evangelísticos como pequenos Projetos Nilson Braga, ou Braguinha como
nós o temos chamado, e outros afim de ampliarem os territórios
alcançados pela associação. A Associação também poderá investir na
abertura de novas igrejas em outras áreas ou regiões, conforme a oportunidade.
* CONFEDERAÇÕES
As Confederações deverão envolver os seus grupos no Projeto Colheita.
Deverão se esforçar por incentivar o treinamento, capacitação e execução
de projetos evangelísticos por ocasião de encontros regionais,
congressos nacionais e outros que tiverem oportunidade. É bom lembramos
que as confederações, que envolvem homens, mulheres, jovens e
adolescentes, representam a força motriz das igrejas. É através destes
grupos de pessoas que faremos com que as nossas igrejas cresçam e gerem
outras igrejas. Portanto, é importante mostrar o papel preponderante de
cada um nesta grande colheita.
* DEPARTAMENTOS
Os Departamentos da UIECB, DEM, DET, DERP e DAM, são os canais pelos
quais a Junta Geral trabalha. Cada um no desenvolvimento de seus papéis,
devem se empenhar para proporcionar todos os recursos humanos, práticos
e financeiros a fim de se alcançarem as metas propostas. O envolvimento
dos diretores, conselheiros e os demais integrantes nos departamentos
deverá fazer com que o trabalho da Junta Geral no desenvolvimento e
execução do Projeto Colheita tenha ótimos resultados.
4. CAMPO DE ATUAÇÃO DAS IGREJAS CONGREGACIONAIS
As igrejas deverão investir na abertura de novas congregações em regiões
de preferência ainda sem um alcance efetivo do evangelho. Não desejamos
abrir igrejas simplesmente para cumprir uma meta. Nosso objetivo
principal é conquistarmos vidas para o reino do nosso Senhor Jesus
Cristo. Assim, devemos dar preferência às regiões onde há pouco avanço
do evangelho, mesmo por outras denominações. Mas isto não limita a
esfera de ação da igreja. Ela poderá abrir congregações/igrejas em
outros bairros, cidades, estados e países, onde houver oportunidade.
5. COMISSÃO EXECUTIVA
A coordenação geral do Plano Decenal de Crescimento, chamado Projeto
Colheita, foi delegada pelos Fóruns e homologado pela Junta Geral em
Setembro de 2008 e confirmado pela Assembléia Geral de Fevereiro de 2009
ao DEM - Departamento de Evangelização e Missões.
O mesmo entendendo a grandiosidade do Projeto resolveu nomear uma
comissão executiva para gerenciar e acompanhar o Projeto, que ficou assim definida:
Coordenador Geral: Mis. Mirtes Elaine - Vice-Presidente do DEM
Membros da comissão:
* Pr. Adélio Junior - Região do sul da Bahia
* Pr. Altemar .... - Região do norte da Bahia
* Pr. Hilário Bispo - Região centro-oeste do país
* Pr. José Milton - Região norte de Minas Gerais
* Pr. Daysiel Lima - Região norte do Rio de Janeiro
* Pr. Marcos Baião - Região sul do país
* Pr. Aristóteles - Região Norte do país
* Pr. Alexandro Cruz - Região nordeste do país
Ainda fazem parte:
* Secretário Geral da UIECB
* Os presidentes de cada departamento (DEM, DERP, DET, DAM)
* Os presidentes ou seus representantes de cada confederação.
* Cada associação será representada no Projeto na pessoa do seu secretário de missões
Essa comissão tem por finalidade maior promover o Projeto Colheita junto
às igrejas e associações, de sorte que todos venham a se engajar nesta
grande cruzada evangelística.
6. METAS GERAIS
* CADA CRENTE CONGREGACIONAL DEVERÁ GANHAR E DISCIPULAR MAIS DUAS
PESSOAS PARA JESUS NOS PRÓXIMOS DEZ ANOS.
* CADA IGREJA CONGREGACIONAL DEVERÁ ABRIR E/OU EMANCIPAR DUAS
CONGREGAÇÕES NOS PRÓXIMOS DEZ ANOS.
* CADA ASSOCIAÇÃO CONGREGACIONAL DEVERÁ AJUDAR A IMPLANTAR DUAS
NOVAS IGREJAS NA SUA REGIÃO OU EM OUTRA, NOS PRÓXIMOS DEZ ANOS.
* AS CONFEDERAÇÕES (COUAF, CONFEUHEC, COMEC, COUAC) DEVERÃO TRABALHAR
PARA ENVOLVER O SEU PESSOAL NA DIVULGAÇÃO E TREINAMENTO PARA
ALCANÇARMOS AS METAS, NOS PRÓXIMOS DEZ ANOS.
* O DEM DEVERÁ TRABALHAR PARA EMANCIPAR OS ATUAIS 44 CAMPOS
MISSIONÁRIOS E IMPLANTAR NOVOS CAMPOS, NOS PRÓXIMOS DEZ ANOS.
* O DET DEVERÁ FAZER UM FORTE TRABALHO DE DESPERTAMENTO DE VOCAÇÕES E
CRIAR MEIOS ATRAVÉS DOS SEMINÁRIOS PARA FORMARMOS MAIS DE 700 PASTORES,
NOS PRÓXIMOS DEZ ANOS.
* O DERP DEVERÁ OFERECER MATERIAL EVANGELÍSITICO E DE QUALIDADE PARA O
TREINAMENTO DOS MEMBROS CONGREGACIONAIS, NOS PRÓXIMOS DEZ ANOS.
* O DAM DEVERÁ CRIAR UMA REDE DE ACOMPANHAMENTO AOS PASTORES E
PROMOVER CUIDADOS PASTORAIS, VISANDO A UNIDADE E O FORTALECIMENTO
DENOMINACIONAL NOS PRÓXIMOS DEZ ANOS.
* A JUNTA GERAL DEVERÁ PROPORCIONAR A UNIDADE ENTRE AS IGREJAS E ENVIDAR
MÁXIMOS ESFORÇOS PARA QUE O PROJETO COLHEITA SEJA BEM SUCEDIDO NO
DECORRER DOS 10 ANOS.
7. CRONOGRAMA DA DÉCADA DE CRESCIMENTO
ATIVIDADE 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Elaboração do Plano
Lançamento Oficial do Plano
Recebimento do Kit Colheita
Engajamento das igrejas
Confecção de material evangelístico
Abertura de congregações 30 40 60 80 100 100 100 100 120
Emancipação de congregações 30 40 60 80 100 100 100 100 120
Emancipação dos campos mis.
Avaliação de progresso do Plano * * * * *
Inauguração da milésima igreja
8. FERRAMENTAS PARA AS IGREJAS
A. A ORAÇÃO E A PLANTAÇÃO DE IGREJAS
A oração é a chave para o sucesso do Projeto Colheita. Sem orar jamais
alcançaremos nossos objetivos.
Queremos desafiar cada crente congregacional e cada igreja a se engajar
na vigília de oração permanente para estes 10 anos de projeto. Pode
parecer um alvo inatingível, mas não é. Quando consideramos o movimento
Morávio que criou uma vigília de oração permanente que durou cem anos,
dez fica um alvo pequeno.
Quando compartilhamos os alvos do projeto colheita muitos têm sido
tomados de incredulidade e Creio que o que falta para que nos
posicionemos com fidelidade para alcançar este alvo é a conscientização
da necessidade, do poder e da urgência da oração.
Não queremos apenas 1000 igrejas Congregacionais no Brasil, queremos
1000 igrejas fortes, fiéis e frutíferas. Igrejas comprometidas com Deus,
com as vidas e com a UIECB. Queremos que chegue a nós um avivamento
genuíno a semelhança dos avivamentos históricos.
Como poderemos cooperar para que esta vigília aconteça?
1. Sendo um intercessor e cadastrando-me em dia e horário de minha
escolha na rede nacional de intercessores
2. Utilizando-me do relógio de oração para doar uma hora do meu dia em
intercessão pela denominaçãoe pelo projeto
3. Acompanhando e divulgando os calendários de oração que serão
publicados no site, no jornal O Cristão e em outros meios de comunicação da UIECB
4. Criando reuniões periódicas para orar em grupo
5. Unindo-me a um ou mais crentes para oração em duplas ou trios, com
encontros semanais pré agendados
Segue abaixo uma reflexão sobre o que acontece quando oramos que poderá
desafiar-nos à esta vigília de oração permanente até 2018, encerrando no
culto de inauguração da milésima igreja! Em nome de Jesus.
O QUE ACONTECE QUANDO ORAMOS
1. A IGREJA DESTITUÍDA DE SEUS VALORES PASSA POR UMA REFORMA
* Martinho Lutero era um homem de oração... dizia que se não passasse
duas horas de manhã orando, recearia que satanás ganhasse a vitória
sobre ele durante o restante do dia.
* O tempo que ele passa em oração produz o tempo para tudo o que faz.
2. OS CRENTES DSTITUÍDOS DE PODER SÃO CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO
* Movimento Morávio de oração: ?alguns irmãos sentiram a necessidade de separar algumas horas diárias
de oração, e não tardou em vir sobre eles um derramar do Espírito Santo.
* Em 13 de agosto de 1727, teve início um vigília de oração que
continuou noite e dia, sete dias da semana, sem qualquer interrupção,
por mais de cem anos. Foram tempos de avivamento e de Missões...
3. O MUNDO DESTITUÍDO DO EVANGELHO É ALCANÇADO
* David Brainerd, entre outros estudantes, se entregou para levar o
evangelho aos índios americanos - Era um jovem com apenas 25 anos,
sozinho, mas lutando intensamente em oração para não confiar em si mesmo
quanto a extensão do reino de deus entre os índios... estabeleceu uma
igreja entre os índios de Nova Jersey e os convertidos chegaram a mais
de 150 em um ano...
* William Carey e a nova era das missões Modernas - Numa cidade do
interior da Inglaterra o Espírito Santo estava trabalhando na vida deste
jovem pobre e simples. Tudo começou com um chamado a oração... fez de
seu ambiente de trabalho um lugar de intercessão. Enquanto consertava
sapatos tinha diante de si um Mapa Mundi, por meio do qual o Senhor das
Nações foi colocando compaixão pelos povos pagãos em seu coração, e
assim e ele foi despertando para evangelizar os perdidos... É
considerado pai das Missões Modernas
* Fruto do movimento moraviano surge o grande século missionário que
compreende os anos de 1792 a 1914... Nomes destacados neste período:
Henrique Martin - Missionário na Índia, John Hyde - O homem que orava...
inúmeras vezes, na sala de oração, Hyde expressava o seu clamor e choro
pelo mundo perdido...clamava: Pai, dá-me as almas ou morrerei!...
anunciou o evangelho aos indianos e ganhou cem mil almas para Cristo.
* John Wesley e George Whitefield - promoveram um reavivamento moral e
espiritual na Inglaterra e Escócia, chegando até aos Estados Unidos...
* Charles Finey (1792-1875) e Moody (1837-1899) - promoveram grandes
avivamentos nos Estados Unidos.
CONCLUSÃO
Se quisermos resgatar nossa historia devemos começar pela oração. Se
quisermos crescer devemos clamar a Deus que nos abençoe para este fim,
se queremos a unidade temos que ir ao trono da graça e pedir
quebrantamento e perdão para nossos líderes e membros. Tudo começa e
termina na oração!
Deus sabe exatamente o que fazer para transformar e avivar nossa União de Igrejas.
Que Deus nos abençoe!
B. IMPLANTAÇÃO DE IGREJAS
Este texto foi retirado do manual Plantando e Desenvolvendo Igrejas, do
Pr David Bezerra, da IEC de Natal, RN.
I. PLANTANDO IGREJAS
Que é o desejo de Deus o crescimento da igreja, e que isso está
acontecendo e continuará a acontecer antes que venha o fim, é uma
verdade bíblica (Mt. 24.14). A outra verdade é que por razões que
ninguém pode explicar com clarividência, esta responsabilidade foi
entregue aos crentes através da pregação do Evangelho, tarefa que os
anjos desejavam (I Pd 1.12)
Outra verdade é que a tarefa evangelística dos crentes, tem sido muito
eficaz através de plantação de igrejas a partir da Igreja primitiva,
onde os cristão se reuniam e se organizavam como congregações. Eles não
possuíam templos, por isso reuniam-se em casas de famílias. O segredo
estava em formar as congregações, o edifício era secundário, e isso foi
até o terceiro século, onde Constantino, por pedido da mãe, construiu o
primeiro templo.
Motivos para se plantar igrejas.
É bíblico. ( Mt. 28.19). Nada mais bíblico que plantar igrejas; é uma
ordem de Cristo a sua própria igreja, no desejo amoroso de que todos
aprendam sobre Ele, e se posicione diante da sua Palavra. Plantar
igrejas é a maneira Neo-Testamentária de expansão do evangelho. Se
traçarmos a expansão da Igreja por Jerusalém, Judéia, Samaria e até os
confins da terra, verificaremos que os plantadores de igrejas abriram o caminho.
Os apóstolos fizeram. No livro de Atos, encontramos os apóstolos
fundando igrejas, especialmente o apóstolo Paulo. (At. 14.1-4; 16.1-5;
17.10-12; 18.8-11 etc.)
Em pouco mais de dez anos Paulo plantou igrejas em quatro
províncias do Império: Galácia, a Macedônia, a Acaia e a Ásia.
É um dever da Igreja. A igreja verdadeira é a atual manifestação do
reino de Deus. Ela é simultaneamente a comunidade que redime e os
redimidos pela comunidade. A igreja é a representante de Deus na terra;
é o corpo de Cristo, o meio através do qual Ele se expressa ao mundo. É
o único órgão de redenção que Deus tem no mundo. É através da igreja que
os homens escutam a proclamação da mensagem de Cristo, anunciando que
se arrependam de seus pecados e creiam em Cristo como único Salvador.
(Ef. 3.8-11; I Pd 1:12).
1.4. É uma necessidade hoje. Muitas missões, que inicialmente
não tinham intenção de fundar igrejas, tiveram que fazê-lo devido à
necessidade de oferecer assistências aos novos decididos, em
territórios onde era raro uma igreja cristã. Assim é que procede o
ministério chamado Cruzada Em Cada Lar, Jovens Com Uma Missão (JOCUM)
que hoje plantam em média, uma igreja, dia sim outro não; o Movimento
Estudantil e Profissional Para Cristo, é outro exemplo, plantar igrejas
não constava de seu plano original. Mas, o quadro se tornou complexo
quando desenvolveram o programa do filme Jesus, visto que muitas eram
as decisões, que não tinha outra solução a não ser plantar igrejas.
Outro exemplo é o Betel Brasileiro, que a princípio não planejava
plantar igrejas, porém na medida que os seminaristas ficavam sem apoio
dos líderes, no sentido de treinamento, os próprios seminaristas foram
treinados a fundarem igrejas, e hoje o Betel é uma denominação forte na
capital, e no interior do estado.
2. Vantagens de Igrejas que plantam Igrejas
2.1. Desenvolvem-se mais rápido, e garantem a sobrevivência
denominacional. Nos Estados Unidos algumas denominações têm diminuído,
enquanto outras têm crescido vigorosamente, dentro do mesmo período de
tempo. Sem exceção, as denominações que crescem têm sido aquelas que
enfatizam a plantação de igrejas. Às denominações que estão em declínio,
o remédio é plantar igrejas, se pretendem vida no futuro.
2.2. Formam Líderes. Na proporção que uma igreja planta igrejas, novos
indivíduos se destacam como bons líderes, o que em muitas igrejas que
estacionaram não é possível, visto não oferecer oportunidades para o
trabalho ministerial. Contudo, as igrejas novas abrem as portas de
liderança e desafios ministeriais, conseqüentemente beneficiando todo o
Corpo de Cristo.
2.3. Motivam igrejas já existentes. Estudos têm confirmado que uma
nova igreja na comunidade, tende a levantar o interesse religioso das
pessoas em geral e, se lidado adequadamente, pode ser um benefício para
as igrejas existentes.
II AS ADVERSIDADES A SEREM SUPERADAS.
1. As falácias sobre plantação e desenvolvimento de Igrejas:
1.1. Deus não se importa com números. Muitas pessoas inclusive líderes
das igrejas que estacionaram, estão apelando para uma declaração obtusa:
Deus não gosta de números! E assim nasce um pressuposto: ?Deus quer
saber de qualidade e não quantidade. Mas isto é absolutamente irreal e fantasioso.
Textos bíblicos nos asseguram que Deus aprecia tanto a qualidade como a
quantidade. E a multidão dos que criam no Senhor, tanto homens como
mulheres, crescia cada vez mais - Atos 5.13.
Ora naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma
murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram
desprezadas no ministério cotidiano. - Atos 6.1.
De sorte que as igrejas eram confirmadas na fé, e cada dia cresciam em
número - Atos 16.5.
1.2. Existe um segredo para a plantação e desenvolvimento da Igreja.
Esta afirmação simplista não procede, basta olhar a história das
denominações no Brasil. A Congregacional, plantou e cresceu através da
EBD. Outras através de estudos bíblicos nos lares. As igrejas
pentecostais desenvolveram-se através de seus pregadores eloqüentes, e
sua liturgia aberta, participativa. Assim não existe um caminho, um
segredo, porém, às vezes, trata-se de um trabalho sofrido e de muitas
frustrações pelo caminho. O apóstolo Paulo muitas vezes teve que
abandonar determinados lugares para preservar a vida.
1.3. Só deve existir uma igreja. O próprio Novo Testamento relata a
existência de igrejas, e como eram confirmadas na fé (At. 16.5)
1.4. Já existem igrejas demais. Esta afirmação é de quem não conhece
bem a história da igreja contemporânea, já que mesmo em nosso país
existem muitos lugares onde há apenas duas igrejas para uma comunidade
de trinta, quarenta mil habitantes. Seria maravilhoso se em toda esquina
tivesse uma igreja genuinamente evangélica, em vez de um botequim.
2. Objeções pragmáticas.
2.1 Receio de perder membros. Muitos líderes têm medo de esvaziar suas
igrejas, se enviar alguns de seus membros para fundar outra igreja. A
igreja de Antioquia não teve receio de mandar seus melhores membros ao
campo missionário, e não consta na Bíblia que a igreja sofreu
esvaziamento por causa desse nobre e bíblico ato. Existe uma promessa
nas Escrituras, em Lc 6.38, que podemos prescrever aqui: Daí, e
dar-se-vos-á; boa medida recalcada, sacudida, trasbordante,
generosamente vos darão. Geralmente se usa este versículo referente a
dar dinheiro, mas Peter Wagner acredita que ele também se aplica ao
desejo da igreja de dar alguns de seus membros para o avanço do reino de Deus.
2.2. O custo financeiro. É impressionante como muitas vezes muitas
igrejas gastam com reformas, terrenos, outras têm até dinheiro na
poupança, mas quando se fala em investir em vidas, em almas, surgem as
mais diversas dificuldades. Certo missionário do passado disse: "A Obra
de Deus feita da maneira dEle, não falta nada". Existe, porventura,
algum investimento tão louvável, quanto a de se investir no Reino de Deus.
3. Objeções Éticas
3.1. Igrejas já existentes. Contestações eticamente orientadas à
plantação de novas igrejas, geralmente enfatizam:
a) O problema da igreja que chega. Muitos obreiros por falta de
sabedoria fazem proselitismo, e assim criam um grande problema com a igreja já estabelecida.
b) O problema da igreja já estabelecida. Temeroso de perder seus
membros, o obreiro já estabelecido fica enciumado e temeroso em perder
os membros de sua igreja para a recém-chegada, e assim trava uma guerra
a ponto de até ameaçar seus membros de exclusão, censura a nova igreja etc.
Obs. Ao chegar à comunidade onde se pretende plantar uma igreja, o
obreiro não tem por obrigação conformar-se como os protocolos e regras
locais, ou filosofia de trabalho de líderes já existentes, mas também
não deve isolar-se da liderança local, nem tão pouco desrespeitá-las
3.1. Três aspectos a serem observados na plantação de igrejas.
a) Primeiro: O amor cristão. Na verdade, o amor cristão nos ordena
ajudar outras igrejas, não feri-las. Deus é tremendamente grande para
fazer prosperar o trabalho de todas as igrejas que velam por pregar sua Palavra.
b) Segundo: A unidade. A doutrina da unidade cristã afirma que
devemos nos unir ao invés de proliferar e confundir o público com tantas
formas diferentes, e muitas vezes, competitivas de cristianismo.
c) Terceiro: O Reino antes da denominação. A consciência de trabalhar
para a expansão do Reino de Deus, ajudará a colocar a denominação em seu
devido lugar. O Reino de Deus cresce, quando há conversões, batismos,
não cresce quando algum membro de outra denominação resolve congregar em
outra denominação.
C. EVANGELISMO
Texto Pr. Osvaldo Lopes
D. DISCIPULADO
Introdução
"Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Mc 16.15)
A responsabilidade de pregar o evangelho pesa em nossos corações.
Devemos perguntar, também, o que fazer depois de pregar e levar alguém à salvação?
Waylon B. Moore, em seu livro - Multiplicando discípulos - cita uma frase
de Billy Grahan que diz: "a decisão é cinco por cento, o seguimento a
esta decisão é noventa e cinco por cento". O que isto significa? Que
tomar uma decisão por Jesus Cristo é o pequeno começo para aquele que
deseja realmente segui-lo.
Para seguir a Cristo o novo convertido enfrenta situações diversas e
difíceis. Sem o acompanhamento de um cristão maduro poderá ser muito
mais difícil ele permanecer firme em sua nova fé. É aqui que entra o discipulado.
Devemos entender que o Projeto Colheita envolve evangelização e
discipulado. Podemos realizar Conferências Evangelísticas, Cruzadas,
Cultos ao Ar-livre, Evangelização de Casa em casa, Distribuição de
folhetos, mas depois das decisões é necessário que haja um grupo
preparado para visitação e acompanhamento do novo convertido,
ensinando-lhe a Palavra e caminhando com ele até que ele possa fazê-lo sozinho.
1. Definindo o discipulado
Apresentaremos a seguir a definição de três termos: Discípulo,
Discipulado e Discipulador, conforme encontra-se no livros - As bases na
formação de discipuladores - Manual do Discipulador - de David Kornfield, Editora Sepal.
a) Discipulo: É uma pessoa cujo compromisso principal na vida é seguir a
seu mestre, desenvolver-se para ser como seu mestre e fazer a vontade de seu mestre.
b) Discipulado: É uma relação comprometida e pessoal onde um discípulo
mais maduro, ajuda outros discípulos de Jesus Cristo a aproximarem-se
mais dele, e assim reproduzirem.
c) Discipulador: É um guia ou mentor espiritual comprometido
pessoalmente com o desenvolvimento integral dos discípulos.
O papel dos discipulador é ajudar o novo crente a crescer em:
* Sua identidade cristã: quem sou eu agora que aceitei a Cristo.
* Seu caráter cristão: Como devo comportar-me? O que deve ser mudado em mim?
* Sua capacidade ministerial: Cada crente recebe dons, possui talentos e
deve ser frutífero em sua fé.
2. Desafios do Discipulado
Se o discipulado é a chave para uma vida cristã madura, por que poucos
crentes se dispõem a discipular outros?
Muitos de nós não passamos pelo discipulado quando recebemos a Jesus,
assim temos mais dificuldade de compreender que ele é necessário. Aquele
que teve um mentor ou referencial na fé tem muito mais facilidade de
compreender isto. Não raras vezes ouvimos que se alguém se converteu de
verdade ficará firme. Isto não é de todo verdade. Muitos recebem a
semente da Palavra com convicção, mas são sufocados em meio as lutas e
obstáculos que surgem. Assim o discipulado torna-se um grande aliado na
conservação dos frutos.
Poucos anos atrás era mais fácil alguém crescer na fé sem este
acompanhamento. Hoje ser crente é muito comum. A fé está rasa e o
testemunho da igreja maculado. Cada dia torna-se mais necessário
orientarmos o novo convertido para que ele crie hábitos cristãos
saudáveis logo no princípio de sua caminhada.
Vamos tentar responder a três perguntas básicas sobre esta questão:
a) Por que Discipular?
A grande Comissão em Mateus 28:18-20, traz um grande imperativo para a
igreja: - fazei discípulos -. Aqui está o coração do comissionamento. Esta
é a máxima da grande comissão. A isto devemos obedecer.
Além desta ordem explícita de Jesus devemos atentar para os exemplos de
discipulado e seus resultados conforme encontramos na Palavra:
* Jesus Discipulou 12 homens - Ele separou um grupo de homens, dentre os
seus seguidores, os treinou e ensinou de forma especial, ensinou-lhes
sobre o Reino e sobre si mesmo e depois os enviou para o ministério
(Mc 3:13; Mt 16:13-20; Jo 14:15,16, Mt 10:1 ss)
* Paulo foi discipulado por Barnabé e tornou-se no maior missionário da
igreja primitiva (Atos 9:26-30, 13:1-3)
* Ele mesmo discipulou a outros que encaminhou a ministérios e igrejas
como líderes (Cl 1:28; At 14:21,22)
* Paulo ordena o discipulado a Timóteo como modelo que devemos seguir
também (2Tm 2:2). Este é o processo da multiplicação espiritual.
Quando falamos de cada congregacional ganhar e discipular mais dois em
10 anos estamos falando deste processo que envolve ganhar, discipular,
batizar e enviar (fazer multiplicar-se). Podemos fazer isto com muito
mais que dois, mas se fizermos fielmente com dois estes se multiplicarão
em mais dois cada um e assim sucessivamente, até que em dez anos
poderemos contar com mais de 1000 discípulos só a partir de nós. Isto é multiplicação.
b) Quem pode Discipular?
Todo crente maduro e comprometido com Cristo pode discipular. A grande
comissão é para todos. O que se exige do discipulador é que seja
comprometido com o estudo da Palavra; que tenha em seu coração amor
pelos perdidos; que seja reconhecido na igreja, na família e na
sociedade como um crente de testemunho fiel e que seja cumpridor de seus
compromissos, o que chega a ser redundância, mas assim se faz necessário
para que se firme que a idéia de que começando o acompanhamento de um
novo crente esta tarefa deve ser concretizada, jamais abandonada no meio do caminho.
c) Como Discipular?
Discipulado é relacionamento, assim é primordial darmos o exemplo para
os novos seguirem. Devemos andar juntos e deixar-se ver como referencial
é a chave para o sucesso do discipulado.
Aliado ao relacionamento e testemunho devemos prover apoio sistemático
da seguinte maneira:
* Por meio do ensino invdividual ou em grupos que pode ocorrer nos
lares, igreja ou locais previamente agendados
* Utilizando material didático previamente escolhido
* Acompanhando o seu crescimento e registrando sua evolução
* Trazendo os discípulos para dentro do nosso círculo de relacionamentos
* Ouvindo, aconselhando e orando com e por eles
* Preparando-os para o serviço cristão da seguinte forma: Fazendo para
que eles nos observem primeiramente, em segundo lugar fazendo junto com
eles, depois observando-os fazer sozinhos e emancipando-os no final.
d) Como Criar um ministério de discipulado na igreja?
* Inicie orando para que Deus envie as pessoas
* Reúna-se com os voluntários e ministre este estudo sobre discipulado,
apresente o material didático que pretende usar e desafie pessoalmente a cada um.
* Marque um dia para que possa estudar as lições junto com sua equipe
antes de iniciar o estudos com os novos para que todas as dúvidas sejam
tiradas e todos falem a mesma linguagem. (Não é necessário encerrar
todas as lições para depois começar o acompanhamento dos novos, as duas
coisas podem acontecer ao mesmo tempo)
Prepare um material de controle e apoio contendo ficha de decisão que
deverá ser preenchida no ato da decisão, a qual a equipe de discipulado
deverá ter sempre à mão para os cultos e eventos da igreja, uma carta
de boas vindas contendo as programações semanais da igreja e oferecendo
oração, conversa para tirar dúvidas e um estudo bíblico sistemático
ministrado por um membro da igreja, ficha de acompanhamento que deverá
conter informações sobre o indivíduo, sobre as visitas feitas e sobre os
estudos ministrados.
Texto Mis. Mirtes
E. ESTUDOS PARA PEQUENOS GRUPOS
Entendemos que para proporcionar um crescimento sadio e sustentável é
imprescindível o ensino da Palavra de Deus. Sem ela, nunca conseguiremos
alcançar as nossas metas. O estudo bíblico através de pequenos grupos,
ou reuniões caseiras, sempre foi utilizado na igreja, desde a sua
origem, quando ainda não existiam templos públicos para reuniões, e as
mesmas aconteciam nos lares dos irmãos. Esse tipo de reunião se
caracteriza pela sua alta eficácia, uma vez que não apenas proporciona o
ensino da Palavra de Deus, mas traz após si a marca da comunhão e
integração entre os irmãos da mesma congregação. Mais adiante, o DERP
irá disponibilizar material próprio para pequenos grupos, ou grupos caseiros.
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