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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Atualidade da Vida e da Obra de Robert Kalley


Reflexão Episcopal


Atualidade da Vida e da Obra de Robert Kalley

Ganhei de presente da Paróquia Anglicana Jardim das Oliveiras, bairro Setúbal, Recife-PE, no Culto de Vigília de Ano Novo, o livro Jornada no Império, de William B. Forsyth, sobre a vida e a obra do missionário escocês Robert Kalley, pioneiro na implantação de igrejas evangélicas nacionais e fundador do Congregacionalismo em nosso País, onde chegou em 1855.

Kalley realizou trabalhos missionários na Escócia, nos Estados Unidos, no Caribe, em Malta e no Líbano, tendo sido, por oito anos, o pioneiro na Ilha da Madeira, Portugal, de onde 2.000 convertidos foram forçados a emigrar devido a violenta perseguição. Naquela ilha criou 20 escolas de alfabetização de crianças, jovens e adultos, além de um hospital, dentro de uma visão integral da missão.

No Brasil, escreveu na imprensa secular, manteve diálogos com personalidades de destaque, tornou-se amigo do Imperador Pedro II, colaborando para avançar os princípios da liberdade religiosa. Como médico cirurgião, optou por ser um pastor fazedor de tendas, vivendo da sua profissão, conquanto um apaixonado pela salvação de almas perdidas e um dedicado pastor-mestre.

Um homem de equipe, tinha entre seus colaboradores os três tipos de pastores: voluntário/de remuneração parcial/de remuneração total: todos de consagração integral. O êxito de seu ministério, em muito, se deveu ao apoio de suas piedosas esposas. A primeira, Margareth, de saúde frágil; e a segunda, a dinâmica Sarah, que criou a Escola Bíblica Dominical no Brasil, e compilou o nosso primeiro hinário evangélico o “Salmos e Hinos”.

Como um burguês, filho de um próspero comerciante, se casou com uma burguesa e, depois, com uma aristocrata. Viu a obra de Deus transformar a todos em pessoas simples e sem preconceitos, libertos das ideologias condicionantes e fricotes de suas classes sociais de origem.

Como demonstração prática da conversão, somente batizava e permitia que se tornassem membros das igrejas, os senhores de escravos que os alforriassem.

Fica uma lição para todos nós: Deus pode realizar uma grande obra por meio de pastores voluntários, apaixonados pelo Evangelho, que tenham esposas apoiadoras, que compartilhem da sua visão e projeto de vida, e que se santifiquem, se libertando dos conceitos e preconceitos de classe.

Nossa Diocese e o Evangelicalismo brasileiro necessitam de pessoas assim!

Paripueira (AL), 09 de janeiro de 2011,
Anno Domini.

+Dom Robinson Cavalcanti, ose
Bispo Diocesano
Secretaria Diocesana
Diocese do Recife - Comunhão Anglicana
Visite nossa página: www.dar.org.br



Tua é, Senhor, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é, Senhor, o reino, e tu te exaltaste por cabeça sobre todos” (1Cr 29:11)

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