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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

30 DIAS DE ORAÇÃO PELOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL


Produção: (Nome da organização, responsáveis e contatos)
Organizador: Ronaldo Lidório
Revisores: Cácio Silva, Cassiano Luz, Henrique Terena, Marcelo Carvalho, Márcio Schmidel  e Kézia Lidório
Fontes: Banco de dados do Departamento de Assuntos Indígenas da Associação de Missões Transculturais Brasileiras (DAI-AMTB) e Relatório Etnias Indígenas Brasileiras 2010 (www.revista.antropos.com.br)
Colaboração:
  • APMT (Agência Presbiteriana de Misssões Transculturais)
  • DAI-AMTB (Departamento de Assuntos Indígenas da Asssociação de Missões Transculturais Brasileiras)
  • CONPLEI (Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas)
  • INSTITUTO ANTROPOS
  • SEPAL (Servindo aos Pastores e Líderes)

Maiores informações sobre os povos indígenas do Brasil:


© Instituto Antropos 2011. Reprodução permitida.

Contato: equipe.antropos@terra.com.br


Introdução
Deus ouve as orações, e esta é uma das verdades mais fantásticas da vida cristã.
Era comum Jesus convidar seus discípulos para momentos de oração (Lc 11:1). Desejava conduzi-los a um ato de fé e a momentos de intimidade com o Pai. Ao longo de sua vida e ministério Jesus continuamente orava (Mc 6:46). Por vezes se distanciava da multidão para uma noite inteira de intercessão, outras vezes falava com o Pai em curtas frases em meio à agitação diária (Mt 26:44). Em Suas orações frequentemente nos apresentava a Deus rogando por nossas vidas (Jo 17:15).
A oração nos convida ao relacionamento. Ela nos coloca aos pés do Senhor para buscarmos a Sua presença, conversarmos sobre as coisas do coração e sermos por Ele sondados. A oração provavelmente mais arriscada em toda a Palavra foi proferida pelo salmista quando clamou: Sonda-me ó Deus e conhece o meu coração. Prova-me e conhece os meus pensamentos. Vê se há em mim algum caminho mal e guia-me pelo caminho eterno” (Sl 139:23). Nela o salmista roga para que o Senhor o sonde reconhecendo que não somos capazes de sondar a nós mesmos, precisamos de Deus para entender nosso próprio coração. Roga que o Senhor o prove pedindo que Deus o conduza nos processos dos pensamentos, pois dependemos dEle para isto. Por fim roga que Ele o guie afirmando que sem Ele estamos perdidos. Orar, portanto, não é tão somente apresentar nossas petições perante o Altíssimo, é nos aproximarmos do Seu coração.
Mas não basta orar, é necessário perseverar em oração (Ef. 6:18).  No livro de Atos vemos que a Igreja do primeiro século perseverava “na doutrina dos apóstolos, na comunhão,  no partir do pão e nas orações” (At. 2:42). Este texto funciona como um elo de ligação entre o Pentecoste e a vida diária da Igreja. As Escrituras destacam aqui de forma objetiva que esta comunidade que seguia a Cristo era a comunidade da perserverança, que cria no impossível e caminhava na vontade do Pai mesmo durante as épocas de maiores incertezas, e o fazia em oração.
Gostaria de convidá-los a orar e perseverar em oração pelos povos indígenas do Brasil nestes dias. Temos ainda em nosso país 121 etnias pouco ou não evangelizadas, 37 vivendo em risco de extinção, 111 grupos em complexos processos de urbanização, 38 línguas com clara necessidade de tradução bíblica e 99 etnias onde há uma igreja indígena, mas ainda sem liderança própria. Os missionários evangélicos atuam em 182 etnias em evangelização, plantio de igrejas, treinamento de líderes e ações sociais, coordenando 257 programas sociais. São desafios enormes. Precisamos rogar ao Senhor pela renovação das forças dos que estão com a mão no arado, novos obreiros para novas iniciativas, sinceras conversões entre os grupos e o fortalecimento da Igreja Indígena no Brasil, recursos para os trabalhos, o abrir das portas que permanecem fechadas e, sobretudo, clara direção do Alto para que seja feita a Sua vontade.
Nestes 30 dias rogue ao Senhor da Seara por cada vida, etnia e missão, em perseverança, crendo que o Senhor ouve as orações.
Ronaldo Lidório



DIA 1 – Oremos pelos Indígenas do Brasil
O Brasil indígena é formado por 228 etnias conhecidas e oficialmente reconhecidas, 27 isoladas, 10 parcialmente isoladas, 9 possivelmente extintas (sem comprovação conclusiva), 41 ressurgidas e 25 ainda a  pesquisar, totalizando 340 grupos. 
A população aproximada em 2010 é de 616.000 indígenas. Dentre estes, 52% habitam em aldeamentos e 48% em regiões urbanizadas ou em urbanização. Cerca de 60% da população indígena brasileira habita a Amazônia Legal, composta pelos estados do Amazonas, Acre, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e parte do Maranhão. A partir das leituras de movimentos demográficos, porém, estima-se que em 5 anos o número dos que vivem em aldeias será equivalente aos que vivem nas pequenas e grandes cidades. A partir de 2015 a quantidade de indígenas habitando centros urbanos será, certamente, maior e em gradual aumento.
Neste universo de diversidade e multiculturalidade encontram-se as 121 etnias pouco ou não evangelizadas. São aquelas em que o evangelho de Cristo ainda não chegou, ou foi comunicado apenas a uma parte do grupo. Este tem sido um dos alvos de oração e também de esforço missionário. O DAI-AMTB (Departamento de Assuntos Indígenas da Associação de Missões Transculturais Brasileiras) reúne 41 agências missionárias filiadas, as quais abrigam missionários vinculados a mais de 120 diferentes denominações evangélicas. Juntamente com outros movimentos parceiros, como o CONPLEI (Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas), há uma crescente atenção neste presente desafio de comunicar o evangelho de Cristo aos que ainda não o conhecem.

Oremos:
  1. Pelos grupos indígenas do Brasil e os complexos processos de manutenção de identidade, língua e cultura em meio a uma sociedade envolvente.
  2. Pelas graves carências sociais, especialmente em educação, saúde e subsistência, que atingem mais de 70% dos grupos indígenas em nosso país.
  3. Pelos 37 grupos vivendo em risco de extinção.
  4. Pelos 121 grupos pouco ou não evangelizados, para que ouçam a respeito de Cristo.
  5. Por 500 novos missionários que possam colaborar com as iniciativas em curso e se envolver com a tarefa ainda inacabada. 

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