Produção: (Nome da
organização, responsáveis e contatos)
Organizador: Ronaldo Lidório
Revisores: Cácio Silva, Cassiano Luz, Henrique Terena, Marcelo
Carvalho, Márcio Schmidel e Kézia
Lidório
Fontes: Banco de dados do Departamento de Assuntos Indígenas
da Associação de Missões Transculturais Brasileiras (DAI-AMTB) e Relatório Etnias Indígenas Brasileiras 2010
(www.revista.antropos.com.br)
Colaboração:
- APMT (Agência Presbiteriana de Misssões
Transculturais)
- DAI-AMTB (Departamento de Assuntos Indígenas da
Asssociação de Missões Transculturais Brasileiras)
- CONPLEI (Conselho Nacional de Pastores e Líderes
Evangélicos Indígenas)
- INSTITUTO ANTROPOS
- SEPAL (Servindo aos Pastores e Líderes)
Maiores informações sobre os povos indígenas do
Brasil:
© Instituto Antropos 2011. Reprodução permitida.
Contato: equipe.antropos@terra.com.br
Introdução
Deus ouve as orações, e esta é uma das verdades mais
fantásticas da vida cristã.
Era comum Jesus convidar seus discípulos para momentos
de oração (Lc 11:1). Desejava conduzi-los a um ato de fé e a momentos de
intimidade com o Pai. Ao longo de sua vida e ministério Jesus continuamente
orava (Mc 6:46). Por vezes se distanciava da multidão para uma noite inteira de
intercessão, outras vezes falava com o Pai em curtas frases em meio à agitação
diária (Mt 26:44). Em Suas orações frequentemente nos apresentava a Deus
rogando por nossas vidas (Jo 17:15).
A oração nos convida ao relacionamento. Ela nos coloca
aos pés do Senhor para buscarmos a Sua presença, conversarmos sobre as coisas
do coração e sermos por Ele sondados. A oração provavelmente mais arriscada em
toda a Palavra foi proferida pelo salmista quando clamou: “Sonda-me ó Deus e conhece o meu coração. Prova-me e
conhece os meus pensamentos. Vê se há em mim algum caminho mal e guia-me pelo
caminho eterno” (Sl 139:23). Nela o salmista roga para que o Senhor o sonde reconhecendo que não somos capazes
de sondar a nós mesmos, precisamos de Deus para entender nosso próprio coração.
Roga que o Senhor o prove pedindo que
Deus o conduza nos processos dos pensamentos, pois dependemos dEle para isto.
Por fim roga que Ele o guie afirmando
que sem Ele estamos perdidos. Orar, portanto, não é tão somente apresentar
nossas petições perante o Altíssimo, é nos aproximarmos do Seu coração.
Mas não basta orar, é necessário perseverar em oração
(Ef. 6:18). No livro de Atos vemos que a
Igreja do primeiro século perseverava “na
doutrina dos apóstolos, na comunhão, no
partir do pão e nas orações” (At. 2:42). Este texto funciona como um elo de
ligação entre o Pentecoste e a vida diária da Igreja. As Escrituras destacam
aqui de forma objetiva que esta comunidade que seguia a Cristo era a comunidade
da perserverança, que cria no impossível e caminhava na vontade do Pai mesmo
durante as épocas de maiores incertezas, e o fazia em oração.
Gostaria de convidá-los a orar e perseverar em oração
pelos povos indígenas do Brasil nestes dias. Temos ainda em nosso país 121
etnias pouco ou não evangelizadas, 37 vivendo em risco de extinção, 111 grupos
em complexos processos de urbanização, 38 línguas com clara necessidade de
tradução bíblica e 99 etnias onde há uma igreja indígena, mas ainda sem
liderança própria. Os missionários evangélicos atuam em 182 etnias em
evangelização, plantio de igrejas, treinamento de líderes e ações sociais,
coordenando 257 programas sociais. São desafios enormes. Precisamos rogar ao
Senhor pela renovação das forças dos que estão com a mão no arado, novos
obreiros para novas iniciativas, sinceras conversões entre os grupos e o
fortalecimento da Igreja Indígena no Brasil, recursos para os trabalhos, o
abrir das portas que permanecem fechadas e, sobretudo, clara direção do Alto
para que seja feita a Sua vontade.
Nestes 30 dias rogue ao Senhor da Seara por cada vida,
etnia e missão, em perseverança, crendo que o Senhor ouve as orações.
Ronaldo Lidório
DIA 1 – Oremos pelos Indígenas do Brasil
O Brasil indígena é formado por 228 etnias
conhecidas e oficialmente reconhecidas, 27 isoladas, 10 parcialmente isoladas,
9 possivelmente extintas (sem comprovação conclusiva), 41 ressurgidas e 25
ainda a pesquisar, totalizando 340
grupos.
A
população aproximada em 2010 é de 616.000 indígenas. Dentre estes, 52% habitam
em aldeamentos e 48% em regiões urbanizadas ou em urbanização. Cerca de 60% da população
indígena brasileira habita a Amazônia Legal, composta pelos estados do
Amazonas, Acre, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e parte
do Maranhão. A partir das leituras de movimentos demográficos, porém, estima-se
que em 5 anos o número dos que vivem em aldeias será equivalente aos que vivem
nas pequenas e grandes cidades. A partir de 2015 a quantidade de indígenas
habitando centros urbanos será, certamente, maior e em gradual aumento.
Neste universo de diversidade e multiculturalidade
encontram-se as 121 etnias pouco ou não evangelizadas. São aquelas em que o
evangelho de Cristo ainda não chegou, ou foi comunicado apenas a uma parte do
grupo. Este tem sido um dos alvos de oração e também de esforço missionário. O
DAI-AMTB (Departamento de Assuntos Indígenas da Associação de Missões
Transculturais Brasileiras) reúne 41 agências missionárias filiadas, as quais
abrigam missionários vinculados a mais de 120 diferentes denominações
evangélicas. Juntamente com outros movimentos parceiros, como o CONPLEI
(Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas), há uma
crescente atenção neste presente desafio de comunicar o evangelho de Cristo aos
que ainda não o conhecem.
Oremos:
- Pelos
grupos indígenas do Brasil e os complexos processos de manutenção de
identidade, língua e cultura em meio a uma sociedade envolvente.
- Pelas
graves carências sociais, especialmente em educação, saúde e subsistência,
que atingem mais de 70% dos grupos indígenas em nosso país.
- Pelos
37 grupos vivendo em risco de extinção.
- Pelos
121 grupos pouco ou não evangelizados, para que ouçam a respeito de
Cristo.
- Por
500 novos missionários que possam colaborar com as iniciativas em curso e se envolver com a tarefa ainda inacabada.
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